segunda-feira, 6 de agosto de 2012

POSSE DE MOYSÉS LUPION

Moysés Lupion nasceu em Jaguariaíva, Estado do Paraná, a 25 de março de 1908, filho de João Lupion de Troya e Carolina Döepfer Wille Lupion de Troya. Estudou em sua cidade natal, Castro, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Nesta última formou-se em contabilidade pela Escola Álvares Penteado. Retornou ao Paraná e fixou-se em Piraí do Sul, onde iniciou suas atividades no comércio, indústria e agricultura. 
Lupion assegurou o desbravar do norte e do oeste do Estado, embora a turbulência desse processo colonizador e projetou estradas capazes de viabilizar um excelente plano viário. Na área social, a que deu ênfase, criou a Casa do Trabalhador, a Caixa de Habitação Popular, a Casa do Estudante Universitário e outras entidades similares. Politicamente, porém, Lupion não teve inspiração de manter a coligação, o que lhe foi fatal, já que, igualmente, não conseguiu eleger seu sucessor, o engenheiro Ângelo Lopes. Voltou ao Governo do Estado em 1955, beneficiado na campanha eleitoral pela divisão de forças que davam sustentação ao governador Bento Munhoz da Rocha Netto, que o sucedera anteriormente. Nada menos de cinco candidatos disputaram as eleições. Três eram originários do mesmo núcleo coligado: Mário de Barros, Othon Mader e Luiz C. P. Tourinho. Essa dispersão de forças facilitou-lhe o retorno, cuja votação de 185.108 votos contra 131.152 dados ao segundo colocado, Mário de Barros, dos Partido Trabalhista Brasileiro, reafirmava, contudo, a excelência de sua liderança pessoal. O segundo governo de Lupion foi extremamente tumultuado. Seus oposicionistas concentraram baterias no objetivo de desmoralizar suas estruturas. E não falharam nesse intento. Orquestraram de tal maneira essas críticas deixando a opinião pública em catarse. 
As investigações e inquéritos promovidos, mais tarde, durante o período revolucionário de 64, nada apuraram, embora o rigor da repressão. Não se pode ignorar o elenco de realizações dos seus dois períodos de administração pública. Dinâmico, modernizante, humano, alargou as fronteiras do desenvolvimento paranaense. 

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